quarta-feira, 28 de junho de 2017

O Jovem TMI

Um conto a partir de certas inteirações recentes.

E se em vez do 'jovem rico' (Mt 19:16-29) encontrasse com Jesus um jovem brasileiro ligado a TMI*? O que se segue é uma parábola. Preste atenção, cada frase, cada detalhe, apresenta inúmeras afirmações em tom de diálogo despretensioso. Qualquer coincidência será mera semelhança.

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Certo dia alcançou Jesus um jovem universitário. Empolgado de encontrar o Mestre; vestia roupas comuns, camiseta, bermudão, de boné e um nike. Queria uma self com ele, mas deixou pra lá ao ver a multidão.

Foi então que perguntou ao Senhor: "Brother, como posso ser mais cristão?" Jesus então respondeu: "Por que me chama de irmão? Meus irmãos são os que fazem a vontade de meu Pai".

E prosseguiu: "Vejo que és da TMI, tens dividido teus bens aos mais pobres?" Ao que respondeu o garoto: "sim, dou aos pobres tudo que tenho desde pequenininho".

Amando-o, disse Jesus: "Muito bom, agora vai, deixa todo o teu marxismo e siga os 10 mandamentos, inclusive o 5°, arrumando um emprego e parando depender e de dar aos pobres o dinheiro dos teus pais".

Entristecido, aquele jovem se afastou pois era ligado ao PCdoB e vivia da mesada que ganhava da mamãe, e embora já tivesse mais 30 anos, estava apenas no 2° semestre da 3° faculdade inconclusa que os pais bancavam.
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*Teologia da Missão Integral - extremamente difícil de definir por pura falta (aparentemente pensada) de defesas formais de suas teses. Reside teórica numa verborragia de "amar o homem como todo", e nas flutuações de ideias declaradamente marxistas de alguns (que se afirmam) cristãos, num desfocar da crise com Deus (a Queda, o Pecado) para a crise entre os homens (problemas sociais, psicológicos, antropológicos).

segunda-feira, 26 de junho de 2017

O Dia do Cristão

Com a Ressurreição na manhã do primeiro dia da semana, Cristo não só introduziu uma mudança significativa na contagem do tempo, parece certo que o cristão prefere -- como é no mundo ocidental, mesmo que a meia noite e um seja do outro dia, sempre pensamos na madrugada associada ao dia anterior que surge na prática com o nascer do sol* -- manha e tarde, luz e trevas, o contrário do hebreu (e depois judeu) e da utilização bíblica, trevas e luz, tarde e manhã. Nosso Senhor trazer o Dia do Descanso não ao fim do jornada de trabalho, mas ao início da semana, lança óbvia luz sobre a relação com a Lei, verdadeiro prazer, e não um fardo, na vida do cristão, bem como afirma a nossa (do Eleito, o verdadeiro cristão) dependência unicamente de dEle, de Seu Trabalho, Sua Graça. Diferentemente do que se pode imaginar, não trabalhamos seis dias, e fazemos toda as nossas tarefas para então no Sétimo termos o direito de descansar; temos, imputado, nosso Descanso na Obra de Jesus Cristo, e por isso somos chamados a trabalhar.
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*o costume provavelmente venha da veneração solar comum em diversos povos, mas o ponto é que o Cristão passou a marcar o tempo assim e o mundo ocidental, a cristandade, o faz certamente por causa da influência modificadores de Cristo.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

A EXTENSÃO DA LEI DIVINA



ou uma causa objetiva da nossa reprovação particular e específica (Rm 7;7 a 11)

Embora os Dez Mandamentos (Ex 20;1 a 17) tenham sido dados aos hebreus quando reunidos lá no pé do monte Sinai, é fácil demonstrar a abrangência da Lei Divina, informada ao Seus Povo e registrada no Texto Sagrado*, sobre toda a humanidade. Não podemos nos esquecer da geração de Noé, que fora toda destruída porque eram carnais, i.e, não viviam de acordo com a Moral divina – parece certo insistir que toda aquela geração havia sistematicamente se tornado adúltera e promíscua (7º), profana (1º a 3º), violenta (6º).

Também que esse povo fora liberto, a pouco, de uma nação idólatra (1º e 2º): Deus havia punido os egípcios também por sua profusão de deuses – e toda a maldade e sofrimento (6º) lançado aos descendentes de José que havia se tornado um desconhecido (5º) , e antes, esse povo que agora caminhava livre – separado (ou eleitos) dos egípcios (reprovados) – para a Terra Santa, é descendente de Abraão que foi tirado – escolhido, o que implica na reprovação dos outros – de uma terra também idólatra (1º e 2º) para seguir um único Deus.

E antes de todos esses o próprio Adão, que pecou miseravelmente e entregou toda a humanidade ao estado deplorável de desconformidade com a Lei Moral de Deus; e como que quebrando cada um dos Dez Mandamentos! Teve a sua esposa como um outro deus a quem serviu e obedeceu comendo o fruto proibido (1º) e projetando em si mesmo a imagem de outro deus (2º), tanto ignorou, desprezou, legou ao nada, em vão, a Palavra de Deus (3º), não descansou na vontade divina (4º), desobedeceu seu Pai (5º), matou todos os humanos (6º) pois adulterou a ordem divina, em vez de ser o líder do seu lar, aceitou a interferência da serpente e submeteu-se a vontade de sua esposa (7º), comeu o fruto que não era seu (8º), dando falso testemunho, pois sendo imagem e semelhança de Deus, não agiu como convinha (9º) cobiçando ser igual a Deus (10º);

Mas acima de todas essas evidências está a fala de Cristo (Mt 22;34 a 40), que no resumo da Lei (os Dez Mandamentos) e de toda fala dos profetas (em especial a condenação pela desobediência), afirma que a Maior Lei de Deus que os homens devem observar, é o amor completo, total, superior, pleno, exclusivo, invariável, imarcescível ao SENHOR, único Deus (1º  ao 4º), e semelhantemente, ou seja, também importante ou exigido de igual modo por Deus de todo homem é o amor (nesse caso, bom entender como cuidado, caridade, atenção, ação prática em favor de...) ao próximo, no parâmetro do que se deve amar a si mesmo (5º ao 10º).

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* Em passant, fica aí também provado a graça divina que se estende somente sobre os seus, os únicos capazes de obedecerem a Vontade Santa, o homem natural nada pode fazer que desobedecer a todo instante e acumular ira Santa sobre si!