sábado, 23 de julho de 2016

O Ofício Feminino


Este artigo foi baseado no estudo apresentado na Congregação Presbiteriana do Jardim Eldorado em Porto Velho - RO em 22 de julho de 2016.


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Numa rápida pesquisa verifica-se que desde meados do séc. XX, mesmo que poucas, começou-se a ordenar mulheres ao sagrado ministério; já em 1948 a Igreja da Dinamarca, de teologia luterana, teve a sua primeira mulher-padre. A Igreja da Suécia (também luterana) que ordena mulheres desde 1958, tem desde 2013 uma arcebispa (Antje Jackelén). Especialmente depois da revolução sexual americana dos anos 1960, há pressões crescentes para que elas exerçam TODAS as atividades tradicionalmente masculinas. A igreja obviamente não está imune a isso, tanto que muitas mulheres estão sendo ordenadas em ofícios eclesiásticos. Embora igrejas de matriz Romana (e similares) ou as protestantes mais conservadoras, ainda não ordenem mulheres, no Brasil, grupos históricos de pentecostais, batistas e metodistas, já tem em seus quadros pastorais, mulheres ministras e dentro do movimento neo-pentecostal já há muitas pastoras, bispas e até apóstolas, algumas inclusive famosas.


sábado, 9 de julho de 2016

4 observações sobre o 4º mandamento

(Ex 20; 8. a 11):

1) O mandamento é para ser lembrado, trazido e mantido na memória, deve ser algo buscado, perseguido, incentivado... por isso mesmo esse mandamento está positivado na Palavra, diferentemente de outros oito dos dez mandamentos (que são negativos, “não farás...”). Nossa tendência natural é então rechaçada, somos egoístas, cremos que nossa capacidade nos dará tudo, confiamos na força dos nossos braços, o trabalho e a determinação nos farão avançar; esse mandamento nos esmaga, humilha, mortifica! Nos faz lembrar que nada somos, que Deus é o Senhor do Tempo, exalta uns e abate outros, e determina a sorte das nações. E mais, Ele que criou o mundo, descansou! Fica óbvio que há um tempo determinado para tudo e até para o descanso, não seja impertinente.

Lembre disto!

2) O mandamento fala do dia de descanso físico, da suspensão do trabalho; é para nosso deleite, nosso prazer! Não é (e nem deve ser) um fardo, uma tortura e nem uma obrigação mecânica, mas sim um privilégio, uma dádiva, um presente imerecido! Não uma arma ou arapuca, para nos fazer tropeçar... ele é nosso, e não nós, dele! Afirma-se aí benevolência do Senhor que concede um descanso aos seus servos, e nos estimula a agir assim com todos os que estão a nossa volta, seja com nosso filhos, colegas e funcionários, ou com outros, sobre nossa supervisão e autoridade, e até mesmo sobre os nossos animais.

Descanse assim!

3) O mandamento aponta que o descanso (físico) é santo (correto, bom, justo, divinamente inspirado – e, já por isso, obrigatório: os filhos de Deus buscam obedecê-lo), mas não é meramente isso, não fala só do corpo, do mundo físico, do animal. O mandamento é também espiritual; deve ser consagrado, ou seja, separado do comum e dedicado a Deus, tem-se então a face cúltica evidente – sua observância será agradável ao Senhor, mas deve ser sem mentiras e hipocrisia, sem legalismo destituído de entendimento e amor; não cultuemos a Deus presos a perscrutações sem fins e regrinhas, queixumes e questiúnculas, que antes ofendem e matam, nada misericordiosamente necessário. Cristo é nosso Descanso, é o dia dele, dia futuro, semanalmente anunciado.

Santifique isso!

4) O mandamento foi mudado: o sétimo dia passou para o primeiro – isso é biblicamente comprovado*! Essa mudança afirma um novo começo, uma nova dispensação, um novo Sacerdócio, e certamente uma nova forma de observá-lo. Não mais na caducidade da letra, mas apoiado na Palavra Viva, o Senhor Jesus. O que mostra também o verdadeiro cumprimento que está em Cristo, pelo que temos livre acesso ao nosso deleite real, Àquele que é a razão existencial, nosso propósito principal! Entraremos, por pura e maravilhosa Graça no Descanso do Senhor, que desde do princípio está reservado para aqueles que lavaram as suas vestiduras com o sangue do cordeiro.

Guarde isso!

Concluindo:
Seu coração, deseja Ele? Então deve desejar o dia dEle, mesmo o já previamente vislumbrado no encontro semanal da Igreja. Não faça disso um "cavalo de batalhas", mas não esqueça que é prescrição divina, o santo descanso. Lembre-se, o dia do Senhor será o dia da consumação da nossa salvação, dia este, já realizado na eternidade, confirmado na historia pela cruz e pela ressurreição, e semanalmente anunciado. É o dia da vitória de Jesus, vitoria por nós; não minimize e nem menospreze essa realidade. Mas não torne essa data um suplício nem para ti, nem para os outros! Organize-se para aproveitar o máximo possível esse dia, em especial a Palavra Viva que deve ser anunciada (e ouvida) na Igreja.

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* Veja em: http://acruzonline.blogspot.com.br/2016/06/7-vozes-sobre-o-7-dia.html