sábado, 23 de agosto de 2014

O Evangelho Amigo

A Bíblia, a Palavra de Deus, fala que alguns foram considerados amigos de Deus. Um desses é o tão conhecido Abraão. Na carta do Pastor Tiago, lemos no capítulo 2; 23: “Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus”. Para esse pastor – um dos principais líderes da igreja primitiva, a igreja cristã formada pelos apóstolos de Jesus, a partir da comunidade de discípulos que andaram com Cristo – contado como uma das colunas da igreja juntamente com os 12 apóstolos, pensava que foi a fé de Abraão que fez toda a diferença, lhe imputando justiça e lhe conferindo o incrível título de amigo de Deus.

Talvez você pense que todos sejam amigos de Deus, ou que Deus seja amigo de todo mundo, afinal, Ele é bom, certo?! É verdade, Deus é bom, e por isso mesmo é que Ele não é amigo, naturalmente, do homem. Seres humanos são naturalmente maus, e inimigos de Deus pois Ele é santo e o homem, naturalmente, um pecador. A Bíblia diz que todos, sem exceção, naturalmente estão indispostos para Deus, que não há justo, nem um sequer, que não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.

Pode parecer um diagnóstico duro e cruel, mas lembre-se que nossos pecados fazem separação entre nós e Deus, que Ele é tão Santo que não pode contemplar, permitir a presença, do pecado. E que se dissermos que não temos pecado, coisas que nos afastam de Deus, fazemos de Deus um mentiroso. É um fato, somos mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus. A verdade é que temos um grande problema: Deus está irado com cada um dos homens! Por quanto o que se pode conhecer de Deus é claramente revelado, a todo o instante, na Criação, mas nós por causa da nossa injustiça escondemos a verdade de Deus. E preferimos nos dedicar a nossas próprias causas e ignorarmos quem Deus é.

Mas, pelo que lemos, sabemos de um homem amigo de Deus – dentre outros – e também que isso foi pela fé dele. Mas que fé era essa? Que crença de Abraão foi capaz de fazer a paz entre ele e Deus?

Todo o capítulo 2 de Tiago, mostra-nos um pouco do que, em certo sentido, Abraão fez. É isso mesmo, a fé de Abraão o fez agir de determinado modo, modo esse prescrito pelo próprio Deus. É isso que a Bíblia diz no verso 17, a fé sem obra é morta! Mas antes de você se animar e achar que falamos de boas obras, assistência social, ou outra coisa feita “de coração” para o próximo. O exemplo dado pelo próprio autor da carta é bem interessante e severo.

No verso 21 diz: Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? Percebeu, Abraão amou mais a Deus que ao seu próprio filho! Ele estava disposto a matar seu filho, seu único filho, em obediência à Vontade Divina.

Jesus disse, em outras palavras, que é assim mesmo. Quando perguntado qual era o maior mandamento de Deus aos homens, aquilo que Ele exigia acima de qualquer outra coisa. Sua resposta foi direta, como conta-nos Mateus, um dos 12 discípulos de Jesus, no seu livro sobre o evangelho, cap. 12, verso 30: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força”.

Se você amar a Deus de todo o seu coração, alma e entendimento, nenhum pedido dEle será ignorado por você, inclusive aquele para que nós abstenhamos dos prazeres carnais pecaminosos. Ou do agendamento semanalmente um encontro formal para prestarmos culto exclusivo a Ele, sem para isso utilizar representações visuais, ou mesmo que cuidemos da honra de seu santo nome.

Por tudo isso peço, insistentemente, a cada um, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Foi para nos dar a capacidade de amarmos a Deus desse modo, contra nosso próprio egoísmo, que Jesus, o próprio Deus, se encarnou, e habitou entre nós, dando sua vida como oferta pelo nossos pecados, fazendo assim a paz entre nós e nosso Deus. Isso é o Evangelho!

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