terça-feira, 22 de novembro de 2011

Você pode salvar a minha vida!

Acho que nessa vida (meu 32 anos) eu já fui chamado de tudo, inclusive de santo (em vários – e contrários – sentidos). Até já publiquei um buzz sobre isso. Na ocasião eu dizia: "Rótulos são mesmo engraçados, já fui chamado de liberal moderninho, pentecostal irritante, puritano intragável e agora supralapsariano determinista radical... hehehe, eu devo ser mesmo, Esli, o herege!", me referindo ao burburinho criado com algumas de minhas posições teológicas. Mas há um tempo o Leo e o Bob (dois amigos da internet) tem me chamado de carente, o que, em termos, é verdade (mas só para deixar claro, isso é um coisa que eu encaro como piada, algo muito comum entre nós – embora isso possa ser uma armas contra mim, vai saber?!). 

Só que no presente momento estou morando na minha cidade natal, perto dos familiares e realmente não estou sentindo nenhuma falta emocional, diferentemente de 2008 quando mudei-me para o interior goiano, a mais de 500 km de distância de parte dos meus familiares; e também de 2009 e 2010 em que mesmo morando e trabalhando em Brasília,  sofri com o descaso de 'amigos' que havia cativado no ano em que morei no interior goiano.  

De fato, não é nenhum problema – claro, quem me conhece sabe! – mas essa variação de qualitativos demonstra como somos falhos em avaliar caráter, condição emocional e situação de vida das pessoas, o que também é normal. E por isso mesmo, confesso, que em alguma medida tais afirmações (brincadeiras, ou não) me fazem refletir.

Recentemente tive uma surpresa desagradável (como poucas nos meus 32 anos), não tanto pela decepção – (mais uma vez...) quem me conhece sabe, eu realmente não sou do tipo que conta com (embora espere) o melhor das pessoas – mas pela a forma com tudo aconteceu.

Não gosto de ser enganado, nem mesmo de brincadeira, e embora pareça arrogância minha, não é algo fácil (pelo menos não tenho provas disso – talvez, outra arma contra mim). Parte do problema residiu na incapacidade que certo grupo teve de ser sincero comigo, exatamente por me imaginarem assim um tanto carente, coisa que não se aplicava (pelo menos) em relação ao grupo e as atividades que desenvolvíamos juntos. Tudo pareceu-me tão insólito, fiquei me perguntando se tenho transmitido a imagem de que estou passando por grandes problemas, se tenho dado a impressão de coitado, incapaz. Foi realmente frustrante.

Pois bem amigos (ou apenas colegas, ou conhecidos – e vocês também desafetos, inimigos ou desconhecidos), eu tenho dado a impressão de que me sinto um fracasso? Seja sincero! Pode ter certeza, eu não vou me sentir mal com suas palavras. Responda-me peço, que sentimento eu tenho despertado em você sobre mim? Qual imagem você faz de mim? Pelo que eu digo, escrevo, curto ou observo, quem você acha que eu sou?

Não se preocupe não é nenhuma crise de meia idade, até porque estou longe dela (eu acho... é quanto mesmo?!), também não estou procurando um modo de limar certas amizades ou um jeito de avaliar quem é você (embora eu faça isso em tudo o que vejo de você). Enfim esse é um espaço livre para você falar de mim, sem medo, dúvida ou constrangimento. Cuidado apenas para não se expor você, ou outro, ao ridículo ou ainda confessar aqui algo do que irá se arrepender.

Sinceramente acredito que não dará muito (na verdade, nenhum) resultado (acho que ninguém terá tempo para gastar com isso – talvez a 3ª arma que estou dando contra mim), mas pelo menos ninguém poderá dizer que eu não dei a oportunidade para falarem de mim para mim, porque já me disseram que eu (logo eu...) não ouvi o conselho que me deram.
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O título foi apenas um jeito de chamar sua atenção.