sexta-feira, 17 de junho de 2011

Uma boa pergunta!

Por que é muito mais fácil ser fariseu do que ser discípulo? Porque quase sempre preferimos nos apoderar de certas permissões como se elas fossem a regra número um.
          Um bom exemplo disso é a retaliação. Se sofremos graves danos morais, não há problema algum em reivindicarmos nossos direitos, e que a justiça seja cumprida contra quem nos ofendeu. Isso é legítimo, sim, por ser uma forma de refrear os abusos; e é por isso mesmo que o próprio Deus concede tais permissões sob determinadas circunstâncias. Só que não é esse o IDEAL. Pecamos quando nos aproveitamos das concessões e esquecemos do ideal. E o ideal, nesse caso, é aquilo que Jesus disse no Sermão do Monte: andar uma milha a mais; largar a capa; e dar a outra face. Os fariseus da época de sua época não enxergaram isso, e a maioria de nós hoje, mesmo que cristãos, parece que não enxerga também. À menor das injúrias, apelamos logo para César, esquecendo justamente de que, por amor a Cristo, "somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro" (Rm 8.36). Visto que o farisaísmo é muito mais sutil do que pensamos, devemos rogar a Deus que a cada dia nos livre dessa terrível indolência, e que de fato sejamos o sal dessa terra e a luz desse mundo.

Leonardo Galdino